A reforma da máquina
A reforma da máquina
Ainda não se tem notícia de o governador Wellington Dias (PT) anunciando que criou ou vai criar uma comissão para elaborar um projeto de reforma administrativa e reduzir o tamanho da máquina do estado. Como o país vive ainda o clima do segundo das eleições – presidenciais e de governador em alguns estados – é de se supor que o governo deve retornar à normalidade administrativa já na próxima semana. Com isso, é possível que ele comece a discutir com auxiliares os planos do próximo mandato.
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Wellington Dias (Foto: Wilson Nanaia / Portal AZ)
Um dos primeiros aspectos a considerar é que, independente do resultado da eleição, vencendo Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT), há uma crise econômica que está levando não só o país como estados e municípios. Obviamente que nenhum governante – seja estadual ou municipal – imagina que, mudando o presidente, ainda pelo voto dos brasileiros, ele vá operar milagre para salvar todos da crise. Ora, se o próprio governo terá de fazer cortes profundos para enfrentar os problemas.
Com isso, é obrigação dos estados também partir para a adoção de medidas amargas na perspectiva de enfrentar a crise financeira. A primeira delas, não há dúvidas, está centrada no corte de despesas a partir da redução de pastas, coordenadorias e direção de empresas e autarquias e a conseqüente eliminação dos cargos existentes. Numa recente entrevista, o governador declaração que a extinção de cargos pesa muito pouco num projeto de redução de gastos com a máquina pública.
Os cargos públicos não representam apenas o nó nos gastos pois ele faz parte da folha de pessoal. Há outras despesas. Quando se cria um órgão público, ele precisa de recursos para operar, incidindo gastos com telefones, energia, água, em alguns casos aluguéis, combustível, material de expediente, diárias, horas extras, enfim existe um custo que poderia ser eliminado se órgão for extinto. Isso não se dá apenas na capital, pois no interior existem espalhados muitos anexos de pastas, empresas e autarquias.
Para fazer isso, porém, o governador precisa decidir com firmeza em razão de ter que levar em conta a participação dos aliados no governo. Não é um exercício tão difícil se para acertar a participação dos aliados ele estabelecer critérios da divisão dos cargos, principalmente os de primeiro escalão. Wellington Dias não pode definir a participação dos aliados como fez no ano passado, sendo obrigado a elastecer a máquina com a criação de novos órgãos gerando uma pulverização de execução de obras.
O inchamento da máquina administrativa através de muitos órgãos de gestão dificulta até mesmo a fiscalização por parte do chefe do governo, já que em muitos casos, o governador nem chega a saber o nome do titular da coordenadoria. Com a máquina enxuta e definida suas atribuições, os serviços ganham mais agilidade e eficiência, assim como os gastos passam a ser controlados. Com a proximidade do início do novo mandato, o governador já devia ter começado a pensar em seu próximo governo.
NERVOSO E AGRESSIVO
O deputado Evaldo Gomes, presidente estadual do PTC, anda muito nervoso e agressivo.
Evaldo Gomes (Foto: Lucas Sousa / Portal AZ)
Ele se irrita quando se vai tratar com ele sobre o risco de seu partido perder a cadeira de deputado federal se o artigo da minirreforma que permitiu partidos e alianças que não atingiram o coeficiente eleger deputados, for considerado inconstitucional.
Se isso acontecer, a deputada eleita Dra. Marina não será diplomada. E Evaldo não aceita que se discuta o assunto.
VOTOS VÁLIDOS
Pelo resultado da eleição, os votos válidos para deputado federal somaram 1.787.802 (89,50%) votos, sendo 1.647.120 nominais e 140.682 de legenda.
Para achar o coeficiente eleitoral basta dividir 1.787.802 por 10, que é o número de cadeiras que o Piauí tem direito na câmara, e encontrar 178.782 votos.
A coligação SD/PTC/PMN/PRB/PPL somou 173 mil votos não alcançando a legenda e o deputado insiste que o coeficiente é de 165 mil votos.
VARRIÇÃO
Políticos que foram maus sucedidos nas eleições deste ano já podem se despedir da vida pública.
E não são de pouca importância na vida política do estado nos últimos anos.
Sem mandato é provável até mesmo que uns perderão o partido e outros irão ver que seus partidos sumiram do mapa partidário.
RENOVAÇÃO
Apesar de jogar alguns para a aposentadoria política compulsória, o resultado das eleições de 2018 produziu novidades.
É o caso dos deputados federais eleitos Fábio Abreu (PR) e Margarete Coelho (PP).
Como destaque das eleições, Abreu e Margarete podem alçar vôos mais altos nas próximas eleições em disputa por cargos majoritários.