Listas furadas
Listas furadas
O governador Wellington Dias (PT) viaja para a Inglaterra na próxima sexta-feira (23) e só retorna no final da semana seguinte. Antes de sua volta qualquer divulgação de lista contendo nomes de prováveis futuros auxiliares e/ou órgãos em que partidos irão indicar não tem fundamento algum, visto que Dias vem se esquivando como pode de conversas com partidos para definições na repartição dos cargos. São listas cujos nomes associados – de partidos ou pessoas – não possuem qualquer consistência.
A coisa é tão fora de lógica que passa a idéia de o critério de escolha do governador ser apenas político, desprezando a competência técnica para a gestão de órgãos tidos como técnicos. É óbvio que a participação dos partidos da aliança governista em cargos do governo se faz garantida. Porém, achar que ela se dará apenas levando em conta o critério político é limitar o raciocínio público. O certo é que todos, deputados e presidentes de partidos, ainda não foram chamados por Dias para tratar do assunto.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
Digamos que, na hipótese de o critério político estar incluído entre outros como competência, idoneidade, conhecimento técnico, na definição, é preciso deixar claro que haverá uma espécie de “rancking” de partidos para que a divisão seja feita. Neste caso, o primeiro seria o PT, que mesmo tendo eleito 5 deputados estaduais e 2 federais, além do governador e do vice, seguido do MDB, com 6 estaduais, 1 federal e 1 senador, enquanto o PP com 5 estaduais, 2 federais e 1 senador, vem logo depois.
Só aí já se soma 16 deputados estaduais e 5 federais, além dos dois senadores, o que por si só coloca as três siglas com densidade eleitoral suficiente para ter participação maior na divisão dos cargos. Um pouco mais atrás vem o PR com 3 deputados estaduais e 1 federal, assim como o PDT, que elegeu pai e filho Flávios, e o PSD que fez o mesmo caminho, com 1 e 1. O PTB elegeu 2 estaduais e nenhum federal desta vez, e por último o PRTB conseguiu que Fernando Monteiro obtivesse mais um mandato.
Ademais, o governador não vai querer definir nomes antes dos estudos que encomendou sobre a estrutura administrativa do estado e as propostas sobre que órgãos e pastas podem ser extintas ou fundidas e assim propor ainda este ano uma à Assembléia um projeto de reforma administrativa. Quando retornar da viagem ao exterior é possível que Wellington Dias já tenha em mãos o anteprojeto da reforma estrutural e após seu endosso então iniciar as conversas com os partidos.
Fora isso, é querer chover no molhado quando se divulga listas com nomes de futuros secretários, uma vez que nada há de acerto entre o governador e o comando dos partidos aliados. O que já se sabe é aquilo que Dias já deixou implícito, ou seja, que permanecem os secretários de Fazenda Rafael Fonteles e do Planejamento Antonio Neto. Na Educação, Saúde e Desenvolvimento Rural nenhuma citação. Portanto, essas especulações sobre nomes e cargos não passam mesmo de simples listas furadas.
DESGARRADOS
Mesmo que o deputado e presidente do PT Assis Carvalho prometa uma parceria de seu partido com o PP na disputa pela presidência da Assembléia, a coisa não funciona assim.
Tanto PT quanto o PP – que têm 5 deputados cada – não votam em bloco na eleição da Mesa Diretora.
Pelo que se sabe por zum-zum-zum de bastidores, tanto no PT quanto no PP dois dos 5 deputados seguem linha independente na hora de votar na eleição da Mesa.
ESTUDOS
O deputado e líder do governo na Assembléia Francisco Lima revelou que o governador Wellington Dias já recebeu 3 estudos sobre proposta de reforma administrativa na estrutura do governo do estado.
Já pediu até um quarto para analisar todos e depois aproveitar cada sugestão que não se confrontam para elaborar um projeto de lei.
Segundo o deputado, a idéia é que esse projeto seja encaminhado ainda na atual legislatura para entrar em vigor já a partir de 1º de janeiro de 2019.