A polêmica do retrato

A polêmica do retrato

Está circulando nas redes sociais o post de uma foto do governador Wellington Dias (PT) sentado na cadeira do gabinete no Palácio de Karnak tendo ao fundo, pendurado na parede, a fotografia oficial do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) com a faixa presidencial seguida de um comentário que não cabe aqui reproduzir. Obviamente a foto é uma montagem editada para espalhar uma provocação. Até onde se sabe, o Palácio do Planalto ainda não distribuiu o quadro com a foto do presidente.

Na reunião com Themístocles deputados reafirmam compromisso (Foto: Divulgação)

Não é de hoje que a fotografia oficial dos presidentes da República e dos governadores são colocadas não apenas nos gabinetes oficiais de autoridades e de repartições públicas, como escolas etc e tal. Nenhum governante estadual é obrigado colocar a foto do presidente mas isso vem sendo feito ao longo dos anos como símbolo de tradição e respeito. Wellington Dias ainda não recebeu o retrato e como isso ainda não aconteceu ele não revelou se vai ou não espalhar a fotografia pelas repartições.

Embora esse seja um assunto menor, o fato é que a ausência do governador na posse do presidente em Brasília e o agendamento da sua para o mesmo horário tenha suscitado uma polêmica em torno do assunto, é bom indagar que nem sempre a posse de outros presidentes, como Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff, estiveram presentes no Congresso Nacional ou na solenidade de transmissão governadores de partidos de oposição. O PSDB não foi à de Lula nem à de Dilma.

O presidente Jair Bolsonaro é um político de extrema direita cuja posição ideológica está diretamente ligada à sua formação como militar de carreira. E como tal não esconde um lado que todo político à direita que é o culto à personalidade daí querer exigir que todos exaltem suas qualidades e comunguem de suas idéias e pensamentos em relação ao país, à sociedade e a grupos sociais que defendem seus espaços e suas liberdades. Talvez por isso, ele ainda não tenha descido do palanque.

Desde que foi desmentido por ministros e recuado de posições anunciadas sem consulta prévia, ele tem se limitado a atacar os grupos e partidos políticos que considera inimigos, como é o caso do PT e das minorias da sociedade, o presidente da República tem evitado falar sobre as ações e propostas de seu governo. Ele não fala mais de economia, de reforma da previdência e por enquanto, o governo está voltado para o tal decreto que vai permitir que seja dado ao cidadão um porte de arma.

Wellington Dias viaja neste fim de semana para Israel, onde passar cerca de 10 dias de férias com a família, e quanto voltar é que deve decidir se vai colocar o retrato de Jair Bolsonaro em seu gabinete e nas demais repartições do estado. É provável que ele opte por colocar e quem sabe fazer uma foto para mostrar ao presidente, a fim de dizer que está adotando uma política de separar a política da relação entre as esferas de poder e quem sabe conseguir mudar o tratamento do Planalto com o Piauí que não vai depender do presidente mas de quem manda de fato no governo.

FICA OU SAI

Pouco mais de 1 ano depois de recuar da decisão de trocar o PSDB pelo PP, após mandar a mulher Lucy, eleita deputada estadual, o prefeito Firmino Filho ainda pensa na troca?

Foi o próprio senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, que lembrou na época não haver pressa para o prefeito deixar o PSDB. Haveria tempo.

Firmino parece que ainda não tem um nome para lançar como candidato à sua sucessão na eleição do próximo ano.

QUESTÃO FECHADA

O deputado Themístocles Filho (MDB) reuniu em seu gabinete na Assembléia, a bancada do partido.

Foi a primeira vez desde as festas de final de ano onde a maioria estava viajando. Quem ainda está viajando é Pablo Santos mas retorna na próxima semana.

Não é surpresa para ninguém que o MDB votará em bloco no candidato do partido a presidente da Assembléia.

 

Comente

Pequisar