A pavorosa história de um estupro dentro de um hospital

A pavorosa história de um estupro dentro de um hospital

Um roteirista de um filme como 'O diabo de cada dia' (disponível na Netflix) poderia ter pensado o enredo: um enfermeiro de um hospital filantrópico dopa a cunhada e a estupra no apartamento em que o sogro dela está internado.

Aconteceu, infelizmente. Não foi uma das histórias entrelaçadas do  thriller citado.

A pavorosa história de um estupro dentro de um hospital (Foto: ilustrativa)

O caso registrou-se em outubro. O homem acusado do estupro agora está internado num hospital psiquiátrico, certamente não por recomendação médica, mas por vontade própria ou por conselho de seu advogado. Sim, porque ele já tem que o defenda.

O episódio em síntese foi o seguinte: a cunhada e comadre do enfermeiro estava no hospital acompanhando o sogro idoso. O enfermeiro, num gesto que parecia magnânimo, se disponibilizou a deixar a área em que atuava no Hospital São Marcos, em Teresina, para ajudar no que fosse possível.

A família chegou a contratar uma pessoa habilitada na área de enfermagem para acompanhar o homem doente. Porém, o enfermeiro convenceu a moça que seria melhor sua permanência ao lado do sogro dela. Na noite em que se deu o diálogo, ele gentilmente disse a ela que deveria tomar um medicamento para relaxar. Ele cuidaria do sogro da moça. Não foi o que ocorreu, segundo se depreende do relato do caso, obtido por fonte digna de crédito. 

O enfermeiro deu um medicamento que fez apagar a  cunhada, que é também madrinha do filho dele. Com a mulher dopada, ele perpetrou o abuso. Ele a estuprou, abusou dela. Mas abusou também da confiança dela, da família, dos colegas do hospital, da direção do estabelecimento. Ele abusou de meio mundo. É um abusador múltiplo.

A mulher abusada só se deu conta do que havia ocorrido na manhã seguinte. Ela sentiu dores e ardência. Ela percebeu líquidos que não poderia estar presentes em seu corpo.  Não quero imaginar os sentimentos que ela teve, mas acredito que tenham sido os piores possíveis.

O abusador está num hospital psiquiátrico. Há razões de sobra para imaginar que foi para lá porque no seu plano criminoso essa seria uma possibilidade de livramento de sua condição de abusador. Poderá alegar insanidade. Não  dá para acreditar que uma pessoa capaz de arquitetar toda uma sorte de malfeitorias seja mentalmente insano. Na verdade, é mentalmente muito bem resolvido. Para o mal, mas bem resolvido.

Ouvi pessoas do Hospital São Marcos, instituição que daqui a três anos faz sete décadas de serviços prestados na área médica, sobretudo no enfrentamento ao câncer. Eles estão chocados com o episódio, mas sabem tão pouco quanto quase todos nós outros. Sabem, no entanto, que o abusador é um homem que há dez anos presta serviços na instituição, mas que deverá ser posto no olho da rua, por justa causa.

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