O campo envelhece e isso é ruim

É possível que sem a precisão dos números do IBGE se veja, a olho nu, o esvaziamento de jovens (15 a 29 anos) no campo

O envelhecimento dos produtores rurais no Piauí – como de resto no Brasil – não é uma boa notícia, porque o aumento da idade dos produtores rurais, sobretudo na agricultura e pecuária familiares, pode representar um progressivo e irremediável abandono das propriedades, do cultivo e da criação de animais.

Foto: ubrasil rural

No Piauí, em 2017, DE 245.601 estabelecimentos rurais recenseados pelo IBGE, 161.324 (65,68%) eram pertencentes, ocupados e trabalhados por homens e mulheres com idade entre 45 e 75 anos de idade.

As propriedades rurais tocadas por pessoas na faixa etária de até 24 anos, dentro do que o IBGE considera jovens (15 a 29 anos) somavam apenas 6.386 – algo em torno de 2,6% dos estabelecimentos recenseados.

É possível que sem a precisão dos números do IBGE se veja, a olho nu, o esvaziamento de jovens (15 a 29 anos) no campo – decorrência de uma série de fatores, um deles a incapacidade de se gerar uma renda similar ou maior que os ganhos salariais em atividades urbanas.

Decorridos seis anos do Censo, a idade dos que trabalham na agricultura e pecuária familiares deve ser se ampliado – mas é improvável que indicadores de uso de tecnologias agropecuárias não tenha avançado na mesma medida, reduzindo a possibilidade produtiva de milhares de pequenas propriedades rurais.

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