Empresas de ônibus sofrem busca e apreensão da frota em Teresina

São pelo menos 66 ônibus que podem ser apreendidos nas garagens das empresas devedoras

Por Redação do Portal AZ,

A crise nos transportes já tem mais de cinco anos, mas nos últimos três anos o sistema de transporte público entrou em colapso. As empresas que operam esses consórcios estão deficitárias, operando no vermelho. Quando tem dinheiro para pagar o óleo diesel, não tem para o pagamento da folha dos funcionários e vice-versa.

Foto: Rômulo Piaulino/PMTTransporte coletivo
Hoje o sistema sobrevive do repasse dos subsídios da Prefeitura.

As empresas de ônibus sobrevivem do subsídio repassado pela Prefeitura de Teresina, porque o Governo do Estado não concede nenhum tipo de subsídio, nem para óleo, nem para IPVA, nem para pneus, e nem para pagar as gratuidades dos servidores públicos estaduais no sistema.

A prefeitura tem bancado tudo, diga-se os subsídios pela meia passagem, que em Teresina é um quarto do valor da passagem inteira, a integração das passagens e as gratuidades, mas o valor não é suficiente para manter o sistema funcionando. As empresas têm amargado a queda no número de passageiros e os valores arrecadados na catraca.

Com isso, reduziram pela metade a quantidade de ônibus circulando. Hoje o sistema sobrevive do repasse dos subsídios da Prefeitura. Recentemente, a Prefeitura repassou R$ 1,5 milhão para as empresas dos consórcios pagarem os trabalhadores que estavam fazendo paralisações por conta do atraso no pagamento dos salários e outros benefícios como os tíquetes alimentação.

Para se ter ideia da penúria dessas empresas, diversos empresários já recorreram a empréstimos para comprar óleo diesel ou pagar a folha dos funcionários. Eles ainda foram incentivados pela Prefeitura há alguns anos atrás a renovarem a frota de ônibus. Os empresários fizeram essa aquisição de forma financiada e que agora não têm condições de pagarem os financiamentos e estão sofrendo as ações de cobrança ou de busca e apreensão dos veículos comprados e não pagos, ou melhor, não quitados.

São pelo menos 66 ônibus que podem ser apreendidos nas garagens das empresas devedoras. Não é incomum alguns empresários oferecerem a empresa para quem assumir o passivo.

Fonte: Portal AZ

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