Candidata critica a não discussão sobre gênero nas escolas

Para ela está sendo proposta uma “lei da mordaça”. “Estão querendo fechar a boca dos professores”, afirmou.

Por Wanderson Camêlo,

Segunda entrevistada do AZ nas Eleições desta quinta-feira (20), a professora Fabíola Lemos, candidata a deputada federal pelo PT-PI, tenta o primeiro mandato eletivo levantando a bandeira da educação e da causa LGBT. O enfrentamento das diversas formas de violência contra a mulher também é proposta de campanha da petista. 

A candidata a deputada federal Fabíola Lemos (Foto: Marcelo Gomes/Portal AZ)

Ao tratar da educação, a candidata aproveitou para criticar o governo do presidente Michel Temer (MDB), responsável, segundo ela, pelo que classificou como “lei da mordaça”, que “está querendo fechar a boca dos professores” e propondo a adoção de uma escola sem partido. 

“Estão tirando a nossa liberdade de ensino, perseguindo disciplinas como a Sociologia e Filosofia, e bradando uma escola sem partido; a gente sabe que isso não existe. Como diria o filósofo Francis Bacon: ‘todo discurso é tomado de uma parcialidade’”, afirmou Fabíola.

Arimatéia Azevedo entrevista Fabíola Lemos (Foto: Marcelo Gomes/Portal AZ)

“A petista repudiou também a retirada do debate sobre preconceito contra a população LGBT do Plano nacional da Educação. “Acho que a gente tem que fazer uma discussão sobre isso sim porque o Plano Nacional da Educação tirou o preconceito contra a população LGBT e agora isso não se constitui mais um preconceito que deve ser combatido na escola. Retiraram a palavra gênero. O governo Temer foi uma verdadeira caça às bruxas a essas discussões.”, disparou. 

A candidata também cobrou e promete lutar, se eleita, em defesa das diversas formas de violência contra a mulher. “O problema não se resolve com punição; isso um debate eleitoreiro”, criticou Fabíola. 

“Tem muito programa, tem muito papel, tem muito aspecto institucional, mas pouca eficácia. E tem pouca eficácia por quê? Por que não temos uma rede de contatos estabelecida entre os serviços essenciais, como serviço de segurança, no geral, como o serviço social. É um dado real, existem municípios aí que estão praticamente desassistidos de segurança para mulher, onde tem um delegado que tem que compartilhar 12 municípios ao redor”, completou ela. 

Confira a entrevista completa no vídeo abaixo:

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