Gervásio Santos diz que se for eleito vai criar conselhos populares para auxiliar na administração de Teresina

Candidato do PSTU afirma que seu programa de governo é voltado para o trabalhador

Por Fernanda Gil Lustosa,

Portal AZ recebeu o candidato pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Gervásio Santos, na manhã desta sexta-feira (23). O candidato, que é irmão de Kleber Montezuma (PSDB), concorrente ao mesmo cargo, apresentou diferentes ideologias e posicionamentos políticos. Ele relembra que sua trajetória na política iniciou com os movimentos estudantis. 

Candidato do PSTU Gervásio Santos (Foto:Fernanda Gil Lustosa/Portal AZ)

“Venho do grupo da convergência socialista que estava dentro do Partido dos Trabalhadores (PT). Na época, o partido estava nascendo junto com a CUT, então houve naquele momento uma forte oposição dentro do país, pois estávamos saindo do golpe militar e também os sindicatos estavam cheios de presidentes que eram patronais e os trabalhadores começaram a  fazer oposição para tomar os sindicatos que eram deles. Assim tomamos um entusiasmo e fomos para dentro do movimento estudantil, criamos o Grêmio Liceu Livre, também fomos para Universidade e de lá pra cá, fomos militando, até que fomos expulsos do partido e iniciamos, em 1996, o movimento pró-PSTU”, relembra.

O candidato afirmou que, pelo partido, já concorreu a prefeitura em 1996, em seguida candidato a governador, deputado, vereador e na última eleição o partido lançou um candidato a senador.

Caso seja eleito, Gervásio Santos contou à nossa reportagem que assim que assumisse o cargo iria implantar conselhos populares para auxiliar na administração da cidade, fazer o IPTU progressivo e em terceiro lugar é a questão da dívida ativa da prefeitura.

Propostas

Em relação ao plano de governo, Gervásio Santos afirmou que não se pode governar para duas classes sociais ao mesmo tempo. “Não podemos governar para os patrões e ao mesmo tempo para os trabalhadores e vice-versa. Todo nosso programa é voltado para o trabalhador”, diz.

Gervásio Santos em entrevista ao Portal AZ (Foto:Fernanda Gil Lustosa/Portal AZ)

O candidato apresentou como carro-chefe de seu plano de governo a criação de conselhos populares. “Queremos trazer a administração da cidade para as mãos de quem realmente produz riqueza, ou seja, os trabalhadores. Os conselhos serão criados nas comunidades para debater e administrar o orçamento da cidade, que é de R$ 3,5 bilhões e dizer onde será aplicado o dinheiro. E assim faremos conselhos de classes”, comenta.

O também PSTU defende um planejamento urbano que se preocupe com a construção de obras que integre pessoas à sua cultura de viver, ao meio ambiente e, principalmente dê condições dos trabalhadores habitarem e viverem com condições dignas e com baixo custo", afirma Gervásio.

“Péssima”, diz Gervásio Santos sobre atual gestão

“Existe uma maquiagem em Teresina que não é de agora, eles trabalham no centro e na zona leste e esquecem das periferias. Tudo nessas zonas praticamente funcionam, salvo a drenagem nas épocas de chuvas. Mas quem anda na periferia ver a realidade, você logo percebe a pobreza humana ou de infraestrutura. Você ver casa sem fossa séptica, lamaçal com as crianças brincando dentro, as pessoas estão morando em casas de taipas. Nos 35 anos da administração do PSDB ainda hoje acontece esse tipo de coisas”.

Sobre os concorrentes

“Nenhum deles deve ser eleito a prefeitura de Teresina. Por exemplo, Gessy Fonseca (PSC) foi empurrada na disputa, porque o presidente do partido foi pego com problema de corrupção, mas mesmo assim, sendo uma menina nova qual é a ideologia dela? É velho, um programa neoliberal, ou seja, fazer com que todos sejam empreendedores, gente isso é utopia. Quando se diz que todos devem ser empreendedores vocês devem distribuir capital para todos, pois uma empresa não sobrevive sem o capital inicial ou de giro. Nesse sentido todos os candidatos em seus planos de governo têm esse limite, de onde vão tirar recursos para cumprir as promessas que eles estão colocando? Só tem duas fontes, ou é do bolso do trabalhador com aumento de tributos ou vindo dos ricos”, explica.

Mensagem final

“Não se iludam com esses ‘mágicos’, que prometem, mas não vão cumprir. O Montezuma está prometendo o hospital das mulheres, mas essa proposta é do Firmino lá em 1998. E por que ele não sai? Porque requer dinheiro e se ele for meter a mão no bolso dos empresários no outro dia ele cai, porque eles são os representantes dos grandes empresários na cidade”, conclui.

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