Novas regras do Pix entram em vigor e elevam a segurança contra fraudes digitais
Especialista explica que medidas visam aumentar proteção de usuários com limites de transação em dispositivos novos
O sistema de pagamentos instantâneos Pix, lançado pelo Banco Central em 2020, transformou o cenário financeiro do Brasil, especialmente no Nordeste, onde contribuiu para a inclusão financeira de milhões de brasileiros. No entanto, com o aumento de fraudes digitais, novas regras passaram a vigorar em 1º de novembro de 2024 para reforçar a segurança nas transações. Rodrigo Cavalcante, especialista em Finanças e Estatística da Wyden, explica que as mudanças envolvem a imposição de limites de transferência para dispositivos não cadastrados, permitindo inicialmente transações de até R$ 200 por operação e R$ 1.000 por dia até que o aparelho seja registrado pela instituição financeira.
Essas limitações, segundo Cavalcante, visam dificultar a ação de criminosos que realizam transações fraudulentas com aparelhos não reconhecidos. A medida reflete uma resposta direta ao aumento dos golpes digitais no país. De acordo com uma pesquisa da OLX, apenas no primeiro semestre de 2024, fraudes envolvendo dispositivos móveis resultaram em prejuízos de R$ 58,3 milhões, grande parte relacionada a pagamentos falsos e invasões de contas. Esse tipo de fraude também atinge o Nordeste, onde o Pix se consolidou como a principal forma de pagamento em transações cotidianas, como feiras livres e pequenos comércios.
Além das novas regras de segurança, o cenário econômico atual reforça a importância do Pix na vida financeira dos brasileiros. O crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2024, com destaque para os setores de serviços e indústria, contrasta com a inflação acumulada de 4,43% no período. Fatores como a seca, que afetou a produção agrícola, contribuíram para a alta dos preços. Diante disso, a população nordestina, já impactada por questões econômicas, vê no Pix uma ferramenta essencial para agilizar pagamentos e otimizar despesas, especialmente em regiões onde o acesso a serviços bancários tradicionais ainda é limitado.
Cavalcante destaca que práticas como a atualização dos aplicativos e a ativação da autenticação em duas etapas são essenciais para garantir a segurança. Ele ressalta a necessidade de cautela com links e mensagens suspeitas, especialmente em um cenário de desafios econômicos. A adoção de medidas preventivas e o conhecimento sobre as novas diretrizes ajudam a fortalecer a confiança dos brasileiros no uso do Pix, garantindo que ele continue a ser uma solução financeira prática e segura.
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Fonte: Ícone Comunicação