Advogada relata depoimento de suposta vítima de estupro em escola

Menina foi morar aos cinco meses de idade com os pais adotivos

Por Valéria Amorim,

“Vale o destaque que a menor é filha adotiva dos pais, foi pega para morar com os pais quando tinha 5 meses. Nesse sentido, por quantas outras situações constrangedoras essa criança precisará passar?” questionou a advogada Lorrany Pinheiro, que faz a defesa do pai da menina de quatro anos de idade, vítima de um suposto estupro ocorrido dentro de uma escola de reforço particular Betel, localizada na rua Alecrim, bairro São Cristovão, zona Leste de Teresina.

O empresário Antonio Batista de Miranda Filho, de 56 anos, foi preso na manhã dessa segunda-feira (18), acusado de estuprar a vítima. Em nota, a advogada da família da vítima contou como tudo teria acontecido.

Antonio Batista de Miranda Filho/Foto: Facebook

“Tudo começou no dia 15/02/2019 quando a infante relatou na hora do banho, perguntou a mãe se meninos podiam pegar em meninas. A mãe disse a filha que não, que somente ela (mãe) poderia fazer isso. Então, quando menos a mãe espera, a filha relata que o “seu Batista” havia pego em suas partes íntimas e mostrará a mãe como foi com gestos”, relata.

Lorrany diz que seu cliente foi até a DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), registrar um B.O sobre o ocorrido. Depois de prestar queixa, a família foi ouvida pelas psicólogas e assistentes sociais que compõem o quadro de funcionários da DPCA, inclusive a menor que que é a vítima.

“A vítima, também contou a psicóloga como foi que aconteceu, com gestos e desenhos, o que deixou todos da DPCA muito perplexo, pois uma criança de apenas 4 anos não tem capacidade de inventar uma história com tantos detalhes. Pelo desenho feito, qualquer adulto consegue entender o que está ali demonstrado e o significado de tal desenho”, diz a advogada.

A nota foi divulgada um dia depois que o pai de três alunos que estudam no Reforço Betel, compartilhou um áudio nas redes sociais convocando outros pais a irem à polícia fazerem a defesa e darem força ao acusado. Ele se identifica como Júnior e afirma que a mãe da criança, vítima do crime, "não é normal". 

“O que se quer é justiça, o processo ainda está sob investigação da polícia que possui 10 dias para concluir o inquérito”, acrescentou Lorrany Pinheiro.

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