Ministério Público é favorável à prisão domiciliar do jornalista Arimatéia Azevedo

Colunista do Portal AZ encontra-se preso na Penitenciária Irmão Guido

Por Redação do Portal AZ,

O Ministério Público se posicionou favorável à prisão domiciliar do jornalista Arimatéia Azevedo. O colunista do Portal AZ encontra-se na Penitenciária Irmão Guido, sob acusação de suposta extorsão, em um processo sem provas que liguem o profissional ao crime. 

Ministério Público é favorável à prisão domiciliar do jornalista Arimatéia Azevedo (Foto: Portal AZ)

No pedido de revogação de prisão, a defesa argumentou que Arimatéia Azevedo é “ primário, tem bons antecedentes, profissão definida e residência fixa nesta capital, onde foi devidamente localizado, sem qualquer dificuldade para as autoridades. Os atos imputados ao Requerente, apesar de não haver qualquer prova material apurada na fase inquisitorial e de serem atos não puníveis não guardam qualquer nexo de causalidade com a cobrança de uma dívida, cujo credor é Rafael (personagem “esquecido” pela polícia), conforme se verifica no documento apresentado pela suposta vítima e citado no depoimento da única ‘testemunha’.”

O jornalista Arimatéia Azevedo, constata ainda a defesa, precisa de cuidados especiais, aos seus 68 anos, e ostenta longa lista de comorbidades, conforme apresentado em laudos médicos: “consistindo em hipertensão arterial sistêmica; dislipidemia; diabetes e doença coronariana arterial grave, tendo sido submetido no mês de julho/2021 a procedimento para revascularização do miocárdio, com implante de stent em artéria coronária direita. Tais enfermidades são suficientes para requerer pedido alternativo de prisão domiciliar, com base no princípio da dignidade da pessoa humana, o que de já se requer com fulcro no art. 318, II do CPP. 10. Preso à disposição de Vossa Excelência, ainda sem notícias a respeito do fim do inquérito policial, encontra-se o Requerente, hoje, sofrendo as agruras encontradas no Presídio desta capital”. 

A promotora de Justiça, Gianny Vieira de Carvalho, foi categórica sobre a situação do jornalista ao afirmar que “há comprovação de que o requerente integra grupo de risco”. 

“Prosseguindo-se na análise ao petitório, o Requerente apresentou diversos exames médicos corroborando as alegações expendidas quanto à fragilidade de sua saúde, com comorbidades preexistentes, tais como hipertensão arterial sistêmica, diabetes, dentre outras, de modo que exige cuidados especiais. Desse modo, há comprovação de que o Requerente integra grupo de risco. Embora preocupante o aumento da criminalidade e da gravidade in abstrato das condutas ilícitas em referência, considere-se a comprovação de comorbidades a ensejar cuidados médicos específicos e, ainda, o peculiar período agravado pela pandemia (covid-19), mediante interpretação do inciso II do art. 318 do CPP, vislumbra-se a possibilidade de prisão domiciliar substitutiva da preventiva”, concluiu. 

Clique aqui e veja o documento. 

Entenda o que levou o jornalista Arimatéia Azevedo ser preso

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