Desvios no Bolsa Social complicam Prefeito de Campo Maior
Investigações estão causando alvoroço entre aliados do prefeito
Documentos juntados em Ação de Investigação Judicial Eleitoral revelam que estagiário do Promotor que deve investigar e fazer cumprir decisão transitada em julgado contra o Prefeito, empresária irmã de Vereadora de Campo Maior e Servidora Pública de Jatobá recebiam benefícios que deveriam ser exclusivos de pessoas pobres.
A investigação, que busca apurar o possível mau uso do programa para fins eleitorais, revelou informações que estão causando alvoroço na comunidade local.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
Entre os beneficiários listados como "pobres" pelo programa, encontram-se nomes que chamam a atenção por suas aparentes condições socioeconômicas ou vínculos políticos:
Julian Dorath, empresária proprietária da loja Bem Me Quer Variedades e irmã da vereadora Gabriela Pinho de Campo Maior.
Athirson Aragão de Moraes, estagiário do Ministério Público de Campo Maior.
Janaina Vale Lopes, servidora da Prefeitura Municipal de Jatobá.
A inclusão desses nomes na lista de beneficiários levanta questionamentos sobre os critérios de seleção e a real necessidade dessas pessoas receberem auxílio destinado à população carente, ou a ausência de qualquer critério para fins eleitorais e de abuso de poder, como no caso de cooptação de estagiário do Promotor que tem por função investigar o Prefeito.
Fontes próximas ao caso apontam que ele seria subordinado ao Promotor responsável por executar uma condenação por improbidade administrativa contra o prefeito, que já transitou em julgado. No entanto, até o momento, até hoje a decisão não foi cumprida.
A ação judicial, movida pela Federação PSOL/REDE de Campo Maior, alega que o programa Bolsa Social, originalmente criado para atender 220 beneficiários com bolsas de até R$ 1.000, estaria sendo usado com desvio de finalidade. Segundo a denúncia, o número de beneficiários teria mais que dobrado sem autorização legal ou orçamentária.
O juiz responsável pelo caso concedeu parcialmente a tutela de urgência solicitada, determinando que a Secretaria de Assistência Social de Campo Maior apresente, em 48 horas, a lista completa de todos os beneficiários do programa desde janeiro de 2022, incluindo nome, CPF, endereço, valor recebido e data de inclusão.
Esta decisão judicial marca um ponto crucial na investigação, prometendo trazer mais transparência ao programa e possivelmente revelar outras irregularidades. A comunidade de Campo Maior aguarda ansiosamente por mais desenvolvimentos neste caso que promete abalar as estruturas políticas locais.
Acompanhamento MPPI
É importante ressaltar que, até o momento, estas são alegações que estão sendo investigadas pela Justiça Eleitoral. Todos os envolvidos têm o direito de apresentar sua defesa e as investigações continuam em andamento para determinar a veracidade das acusações e as possíveis implicações legais e eleitorais.
Fonte: MP-PI