Biden autoriza Ucrânia a usar mísseis de longo alcance dos EUA contra a Rússia
Decisão no final do mandato de Biden pode levar a escalada no conflito
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a utilizar armas norte-americanas de longo alcance em ataques contra a Rússia. A informação foi divulgada neste domingo (17) por uma fonte oficial à emissora CBS News.
A medida atende a pedidos recorrentes do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e marca um novo capítulo no apoio militar dos EUA à Ucrânia. Biden, atualmente no Brasil para participar da Cúpula do G20, está a dois meses de encerrar seu mandato, o que levanta dúvidas sobre a continuidade dessa política com a posse do presidente eleito Donald Trump, que já criticou o suporte militar à Ucrânia.
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Resposta
Pouco tempo depois da autorização, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, publicou um vídeo onde afirmou que os mísseis irão falar por si próprios
“Os mísseis falarão por si”
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) November 17, 2024
A reação de Zelensky à liberação do uso de armas americanas de longo alcance contra alvos dentro da Rússia. pic.twitter.com/gRsR1c4e2J
Ameaça de escalada do conflito
O uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia, como o MGM-140 Army Tactical Missile System (ATACMS), tem sido um ponto sensível no conflito. Esses armamentos, com alcance de até 300 quilômetros, podem atingir alvos estratégicos dentro do território russo e são difíceis de interceptar.
A decisão gerou reação imediata da Rússia. Em setembro, o presidente Vladimir Putin alertou que tal ação poderia ser considerada uma intervenção direta da Otan. “Isso significará que os Estados Unidos e os estados europeus estão lutando contra a Rússia”, afirmou à época.
A Ucrânia enfrenta desafios significativos no leste do país, onde forças russas têm avançado com reforços provenientes da Coreia do Norte. O fornecimento dos mísseis ATACMS faz parte de um pacote de apoio que já resultou em ataques a alvos russos na Crimeia.
Entretanto, a decisão ocorre em um momento de transição na Casa Branca. Donald Trump, que assumirá em janeiro, tem prometido reavaliar a assistência militar à Ucrânia, defendendo uma solução rápida para o conflito.
Especialistas avaliam que a autorização pode ajudar a Ucrânia a equilibrar forças no campo de batalha, mas também aumenta o risco de uma escalada no conflito, com consequências imprevisíveis para a segurança internacional.
Fonte: Com informações do Correio Brasiliense