Boatos e fake news se espalham após apagão em Portugal e Espanha
Autoridades descartam ciberataques e pedem cautela com informações falsas
Após o apagão que atingiu Portugal, Espanha e partes do sul da França nesta segunda-feira (28), começaram a circular nas redes sociais e até em alguns veículos de imprensa várias teorias falsas sobre o que teria causado a falha elétrica sem precedentes.

Entre os boatos, estava a alegação de que o apagão teria sido provocado por um ataque cibernético vindo da Rússia, Coreia do Norte ou Marrocos. Também surgiram especulações sobre um possível atentado terrorista. No entanto, autoridades dos países afetados e da União Europeia afirmaram que não há nenhuma prova de que essas hipóteses sejam verdadeiras.
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A operadora da rede elétrica espanhola, Red Eléctrica, informou na terça-feira (29) que a causa mais provável foi uma falha técnica: uma desconexão repentina entre duas centrais elétricas no sudoeste da Península Ibérica. O governo português também negou a possibilidade de ataque cibernético, dizendo que o problema ocorreu na rede de transporte de energia na Espanha.
Outro boato envolveu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Circulou a falsa informação de que ela teria acusado a Rússia de estar por trás de um suposto ataque. A porta-voz da Comissão, Paula Pinho, desmentiu a história e afirmou que von der Leyen não fez nenhuma declaração sobre o apagão.
Também foi desmentida a informação de que a REN (Redes Energéticas Nacionais), operadora da rede portuguesa, teria culpado um “fenômeno atmosférico raro” pelo corte de energia. Segundo a própria REN, essa declaração nunca foi feita e houve erro na divulgação por parte de grandes veículos de imprensa, que depois corrigiram a informação. A Reuters chegou a publicar notícia com a informação, a qual apagou a mesma horas depois.
A desinformação chegou ao Congresso espanhol, onde o partido de extrema-direita Vox acusou o governo de esconder as verdadeiras causas do apagão. O ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, afirmou que o governo tem sido transparente e que uma investigação independente será feita para esclarecer o que aconteceu.
Fonte: Com informações da Euronews