O prefeito com dengue

18/04/2022 00:00
Atualizado 02/06/2024 | 15:52

Quando a autoridade máxima de uma cidade, o seu prefeito, é acometido por uma doença endêmica em surto na cidade, há uma evidência muito grande de falhas maiores ainda no controle sanitário municipal. Ou seja, há visível sinal de descaso no combate à doença. Ontem, ficou-se sabendo que o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, contraiu a dengue, teve sintomas fortes e nem pôde participar de celebrações relacionadas à semana santa. O episódio, contudo, mostra que doenças que têm o mosquito Aedes aegypti como agente de transmissão (dengue, chicungunha e zika) podem acometer mais pessoas – considerando descuidos do poder público em realizar campanhas para redução de criatórios de larvas desse mosquito, bem assim a inépcia em agir proativamente em ações para reduzir as infestações. Três pessoas morreram neste ano em razão de dengue e em todo o Piauí, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o número de casos no primeiro trimestre deste ano já supera em quase cinco vezes (489%) os números registrados no mesmo período do ano passado. Todos têm que fazer sua parte, reduzindo locais nos quais o mosquito possa procriar, mas deve a prefeitura esforçar-se no sentido de levar adiante campanhas de conscientização, mutirões de limpeza, esforços de educação em saúde nas escolas, porque o acometimento do prefeito com a doença é uma evidência de que o mosquito transmissor da doença segue na frente, vencendo a batalha contra a dengue, zika e chicungunha.

Dr Pessoa deixou de fazer pulutrica durante os eventos da Páscoa porque contraiu a dengue. Péssimo exemplo para a população que certamente faz sua parte no combate ao mosquito transmissor da doença (Fernanda Gil Lustosa/ Portal AZ)

Demissão

Nem a leitura do Diário Oficial, faina a que se entrega um dos colunistas substitutos, foi capaz de dar pista sobre quem é o parlamentar cujas filhas receberam cartão azul para desocupar cargos em comissão na estrutura do estado.
A exoneração foi determinada por Wellington Dias, incomodado com o apoio do parlamentar ao Joel Rodrigues, pré-candidato do PP ao Senado.

Aliás

Joel Rodrigues está deixando de ser um azarão para ser um nome realmente competitivo e isso vem assustando o ex-governador.
Joel é desconhecido e na medida em que a campanha avança ele vai crescendo na preferência do eleitorado.
Ruim para Wellington, porque tem muita gordura e qualquer perda gera desconfiança e temores.

Vazio sanitário

Vigora desde a semana passada portaria da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) com regras para o vazio sanitário da soja no Estado.
O vazio sanitário é um período em que o cultivo da oleaginosa é proibido para conter o avanço da ferrugem asiática.

Sem plantas

Durante o vazio sanitário de 90 dias além de não cultivar a soja, os agricultores devem eliminar plantas nascidas no campo após a colheita e mesmo fora das áreas de cultivo em razão do transporte dos grãos.

Períodos

Segundo portaria do Ministério da Agricultura que disciplina o vazio sanitário da soja no país, no Piauí essa norma sanitária tem três prazos: de 1 de setembro a 30 de novembro (região 7), de 1 de agosto a 30 de outubro (região 8) e de 1 de julho a 29 de setembro na região 9.
Para saber quais municípios estão em cada uma das regiões, clique aqui: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-sda-n-516-de-1-de-fevereiro-de-2022-377895004

Vaias e arrulhos

Paulinho da Força foi tratado como inimigo pelo chão de fábrica do PT, vaiado.
Ele ficou chateado e trata de tirar o Solidariedade da aliança com Lula.

Vem pra cá !

Ciro Nogueira mandou mensagens de paz e amor e o deputado donatário do Solidariedade até sinalizou desembarcar na candidatura de Bolsonaro.

Vem pra cá - 2

Ciro mandou um áudio a Paulinho: “Vem pra cá. Aqui você vai ter só festa, alegria, e bons amigos cuidando de você. Nós estamos prontos para cuidar melhor de você, rapaz. Venha para o lado dos bons, das pessoas que gostam de você. Esse povo lá não presta não”.

Brincadeira

Paulinho disse que o ministro Ciro Nogueira é seu amigo “companheiro, independentemente de partido e de posição que ele tenha no governo. Foi uma conversa de amigos. Ele me mandou na brincadeira e eu respondi na brincadeira.”

Fica

Paulinho fez cena após a vaia. Deve ter se valorizado com Lula, porque ontem declarava ser zero a chance de apoiar Bolsonaro, mas deverá cobrar mais pelo apoio, num encontro que terá nesta semana com a presidente do PT, Gleisi Hoffman.

Aprende, Lula

Lula e seu entorno precisam tomar aulas de como domar o petismo de base com Wellington Dias, que impôs ao partido a filiação de deputados estaduais que jamais seriam aceitos pelo petismo se não pela imposição do morubixaba que há 20 anos manda e desmanda no partido no Piauí.
Lula precisa aprender com aquele a quem chama de o índio mais sabido do Brasil.

De fato…

Em se tratando de fisiologismo o ex-governador do Piaui da aula à politicalha. Ele não vê barreiras intransponíveis para formar alianças, ainda que as mais espúrias, quando se trata de garantir poder.
Ele não se envergonha e tampouco se inibe em fazer aliança seja com quem for.

Quem cuidou 1

Nilson Coelho, o arquiteto que trava uma luta em favor da conservação e preservação do Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, em Floriano, ajuda o ex-secretário de Cultura e deputado estadual Fabio Novo, do PT, a saber quem cuidou do prédio nos últimos 20 anos.

Quem cuidou 2

Diz o arquiteto que “até às vésperas do Tombamento Federal pelo IPHAN (14 de maio de 2014, com decreto de tombamento foi publicado em 4 de setembro do mesmo ano) o prédio não tinha titularidade. Vinte anos é muito pouco tempo. Até porque esse recorte de tempo esbarra na falta de titularidade, como muitos bens que vieram do Império”.

Volta ao tempo

Ele sugere que se volte à Lei de Terras em 1850 para “entendermos as Fazendas Nacionais, ao estudo do padrão do escravo na província do Piauhy, que eram escravos da nação”.

Lição 1

“O Estabelecimento é fruto de pressões de várias origens: Haiti, Abolicionistas, Inglaterra e a possibilidade de multa per capita que arrasaria o tesouro imperial, os negros, uma conjunção de forças sociais. Não se busca um culpado pelos danos causados ao prédio. Esse nós já sabemos: foi a empáfia”, diz Nilson Coelho.

Lição 2

“Procuramos recompor a História. E a História das técnicas, dos materiais e dos processos construtivos (na UFPE tem ótimas teses de Doutorado) da época que também compõem o caldo histórico. Não é uma “reforma”. É um restauro e quem conhece restauro tem a obrigação de conhecer o ilustríssimo professor Jorge Tinoco, do Centro de Estudos Avançadas da Conservação Integrada, com quem conversei ontem sobre o caso do Estabelecimento”, conclui.

Olha, olha!

Os colunistas substitutos leem o texto de Nilson Coelho, com ele concordam e lembram que, sendo o Piauí um lugar com uma história anterior à chegada dos europeus, com 50 mil anos de história, já deveria ser uma terra em que deveria haver um curso para restauro e conservação do patrimônio histórico – uma riqueza que não pode ser queimada, derrubada, atacada pela sanha dos gananciosos e dos ignorantes.

Torneira

Antes de deixar a presidência da Agespisa para concorrer a uma vaga de deputado estadual, Genival Brito de Carvalho assinou contrato de R$ 1,8 milhão com a construtora J. M. Excelência James para obra do sistema de abastecimento de água na zona rural de Teresina.

Das duas, uma

Com o prefeito Dr. Pessoa acamado, com dengue, ou Teresina está empestada do mosquito ou o prefeito por si só dá o péssimo exemplo de ter uma casa suja, com água estagnada, hospedeira do Aedes aegypti.
Como diria o titular da coluna que se encontra preso e amarrado a uma tornozeleira: “fica vermelha, cara sem-vergonha".

Retrato falado

Bombeiros sem equipamentos próprios e sem nadadeiras, apenas com duas pequenas boias, tentando achar o rapaz que desapareceu nas águas da praia de Mamarar, no litoral piauiense.
Uma pouca vergonha de um governador que só mentiu à população.

Ping-pong

O desfile insólito

Quem conta a história é o também jornalista Sebastião Nery: durante uma entrevista no Palácio do Planalto, Carlos Castello Branco, o Castellinho, dono da mais conceituada coluna política do país, no Jornal do Brasil, interpela o presidente Humberto de Alencar Castelo Branco.
Castellinho: “Presidente, como o senhor se sentiu ao ler a declaração de Carlos Lacerda chamando-o de o Anjo da Rua Conde Lage?”
Castelo Branco: “O anjo fica na parede, no alto, de onde contempla o desfile das prostitutas”.