O camaradismo na segurança

16/08/2022 00:00
Atualizado 04/01/2025 | 14:33

Olha só o triste diagnóstico sobre a segurança pública no Piauí: delegados fora de cargos completamente desmotivados e os que ocupam funções relevantes se veem mais preocupados em seguir os políticos nessa campanha eleitoral; a segurança pública do Piauí está em completo abandono, cedendo espaço para as ações das organizações criminosas que num único dia praticam cinco assassinatos, na modalidade execução pura e simples. Isso somente em Teresina onde há maior número de policiais civis e militares. No interior, a sorte dos habitantes está nas mãos de Deus, ou prosaicamente, até nas mãos dos bandidos, que, resguardadas as devidas proporções, sua força tem sido maior que o Estado. E não precisa ir muito longe para encontrar os culpados. O primeiro deles, José Wellington Barroso de Araújo Dias que, na sanha de fazer política na base do toma lá dá cá, transformou a segurança pública em casa de negócios. Ou melhor, a entregou a um só sujeito que faz de tudo para se dar bem no setor, desde amealhar dividendos de compras e serviços a usar o aparelho policial para firmar seu poderio contra os adversários. Mas essa benevolência Wellington não fez apenas a Fabio Abreu, o atual donatário. No passado agiu da mesma forma com Robert Rios e alguns outros. O problema é que sem ter adotado qualquer projeto de planejamento (porque ele não sabia e segue sem saber) Fabio Abreu saltou de um guidom de motocicleta para a direção da secretaria de segurança pública sem ter, por assim dizer, as credenciais necessárias. Assim, no popular, sem ter uma carteira de motorista com as condições de torná-lo o motorista ideal para a Pasta. E no que deu: o sucateamento da polícia - delegacias abandonadas - desmotivação de policiais; excesso de zelo para com poucos e não tão competentes delegados e, o pior, a formação de um camaradismo dentro do aparelho policial. Enfim, ainda está para ser devidamente esclarecido porque Wellington não quis mais que Fabio Abreu voltasse para ser secretário, reduziu até os recursos da segurança, mas contraditoriamente, permite que mesmo de fora, ele siga mandando no setor. E o resultado nefasto está aí: insegurança em toda a parte.

Viviane Moura sofre AVC. Ela disputa uma vaga na Câmara dos Deputados. Ainda não se sabe o diagnóstico, mas já se supõe que ela abandone a campanha (Foto:Instagram)

Investigação social

A PM está convocando os aprovados no curso para formação de soldados para a etapa de investigação social no concurso da Polícia Militar.
Será que vai dar tempo formar esses soldados antes de chegarmos a 2023?

Debate

Hoje, ao meio-dia tem sorteio dos nomes para o primeiro debate entre candidatos a governador na TV Cidade Verde. No sorteio devem participar todos os postulantes ao Palácio de Karnak.
Como tem candidato demais, há o risco de o debate ficar chato em razão de se ter mais uma entrevista que uma discussão de ideias.

Esforços em vão

A candidata a deputada federal Viviane Moura foi internada em hospital acometida de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Para ela, esse também é o famoso acidente de percurso, que pode encerrar já agora, a campanha pelas suas pretensões de disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.

Madrugadão do 13

Rafael apareceu em vídeo pedindo que se avise “a todo mundo” que Hoje, a partir das 00:13 tem o primeiro #MadrugadãoDo13 na Avenida Raul Lopes. “Venha adesivar seu carro ou moto e faça parte da campanha do Time Do Povo!”

Aventura arriscada

Taí uma aventura das mais arriscadas numa cidade em que se executa seres humanos em questão de horas.
Somente no dia dos pais, foram assassinadas cinco pessoas, com sinais de execução.
E sabe por que: Teresina não tem segurança.

Arrastão

Vai que na hora da adesivação dos carros dos ricos com a cara de Rafael e do saltimbanco Wellington Dias, aparecem as gangs fazendo arrastão.
E cadê a polícia? Certamente fazendo segurança doméstica nas casas de autoridades.

Terror noturno

Como Wellington Dias sempre transformou a segurança pública em escambo de troca de tudo, tornando a casa governo território de moeda de troca, fica difícil circular por aquelas bandas no horário marcado por Rafael.
Dá medo andar em Teresina a qualquer hora. Imagine a meia noite.

Atraso

Silvio Mendes devia se valer de gente mais moderna para alinhavar seu programa de governo.
Na área do turismo as propostas são tão atrasadas que até faz bem a atual Setur se dedicar ao calçamentismo.

Adesivaço

Hoje, o coronel-deputado Carlos Augusto estará à frente do mutirão “adesivaço da voz da segurança”.
Será uma panfletagem na avenida João XXIII, mais em torno da candidatura dele e menos, muito menos, ou coisa nenhuma sobre a preocupação com a segurança da população.

Peguem légua!

Os urubus estão voando baixo e, é capaz de a casa de alguns cair. Há cheiro de operação policial no ar, na área de medicamentos.
E não se surpreendam se a PF amanhecer chafurdando em casas e secretarias estaduais.
Nessas 24 horas.

O sinistro IML

O Sindicato dos Médicos deu uma entradinha no promíscuo e quase desativado Instituto Médico Legal.
Aqui lá já era para estar fechado diante das falhas estruturais, onde até a geladeira se encontra sem funcionar.
Pior: foi encontrado um corpo em decomposição.

O sinistro identificação

Essa é apenas a certeza de que quase tudo na polícia civil está sucateado.
Não andem no instituto de identificação. Aquilo lá mata qualquer um dirigente da polícia de vergonha. Os que tem.
Ja deveria estar fechado e a chave jogada fora.

Olha a desculpa

O delegado geral Luccy informou ao Simepi que o IML encontra-se em “fase de melhorias”.
E acusou que a motivação das visitas dos peritos é eleitoral.
Alguém disse aos colunistas substitutos que eleitorais são as andanças de Luccy com Rafael Fonteles para ser o próximo secretário de segurança.
Não ria.

Samu sucateado

Aos poucos se observe que estão sucateadas as ambulâncias do Samu de Teresina.
E Dotô pessoa vai seguindo fingindo que tá tudo as mil maravilhas e que a sua é a melhor gestão dos últimos tempos.

Ping-pong

Velocidade sinistra

Polícia rodoviário para um carro em baixíssima velocidade no posto de Botucatu, São Paulo. Quando se aproxima, nota que dentro dele há quatro velhinhas.
O policial: “Minha senhora, me desculpe, mas a senhora não pode dirigir tão devagar em uma estrada como esta”.
A velhinha: “Mas é a velocidade limite, seu guarda. Estava na placa lá atrás: BR-40”.
O policial: “A placa era o número da estrada, minha senhora! E por que as passageiras estão com semblante de aflição, com esses olhos esbugalhados?
A velhinha: “Ah, seu guarda, é que eu acabei de sair da BR-260!”

Colaboração: Uber Sinistro