Game over
Game over
Dotô Pessoa está como aquele time que no meio do campeonato já perde tanto que apenas cumpre tabela. O prefeito que mete os pés pelas mãos, atropela palavras e parece não saber seu papel no cargo, soma 81,02% de desaprovação dos eleitores de Teresina, segundo apurou o Instituto Credibilidade em pesquisa realizada entre os dias 4 e 6 de setembro. Os que aprovam somam 11,95%, enquanto 7,03% não sabem ou não opinam. Na avaliação por conceito, a soma de ruim e péssimo para o gesto chega a 69,07%, enquanto os que avaliam a administração como boa e ótima somam 3,75% e os que dizem ser apenas como regular chegam a 24,37%. Os números ruins nem podem ser confirmados pelo olhar do senso comum, que já se deu conta de que a cidade de Teresina nunca esteve tão suja, malcuidada, com piora nos serviços de saúde e na qualidade da educação pública municipal. Enquanto isso, o prefeito e seus auxiliares se lançam em debates inócuos e desnecessários sobre uma eleição que, como já posto aqui, Dotô Pessoa não é um player. Para piorar, o destempero verbal do gestor torna difícil uma recomposição de seu gigantesco passivo de imagem. No final do desfile do bicentenário da independência, na quarta-feira, o prefeito respondeu com um “vai trabalhar, vagabundo” a um manifestante que o xingou de desonesto. Como o padrão de má-educação do chefe certamente orienta os subordinados, ontem foi a vez do secretário municipal de Comunicação, Lucas Pereira, destilar valentia deseducada em direção ao jornalista Efrem Ribeiro, sugerindo em uma postagem em rede social que deveria o repórter levar umas pancadas. Isso dá a noção do fim de jogo em que estão metidos Dotô Pessoa e sua trupe.
Fábio Abreu é o candidato mais bem situado na pesquisa para deputado federal
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Assistência
Se existe uma coisa em Teresina que significa sinônimo de aborrecimento e até de desonestidade rotineira contra os clientes são os serviços de assistência técnica, notadamente na área de eletroeletrônicos.
Se você é do tipo que gosta de se aborrecer e ser passado para trás, os serviços de assistência técnica são o lugar certo para isso.
O capitão
Fabio Abreu bem que tentou em Teresina uma candidatura a prefeito. Deu com os burros n’água, mas ele tem um bom recall entre os eleitores da capital.
Segundo a pesquisa Credibilidade, realizada entre 4 e 6 de setembro, Abreu é o candidato mais bem situado na pesquisa para deputado federal, com 5,49% das intenções de voto.
O Vein
Fenômeno eleitoral oito anos atrás, Elmano Ferrer tenta uma cadeira na Câmara dos Deputados. O senador aparece em segundo na pesquisa do Instituto Credibilidade em Teresina, com 5,2%, seguindo-se Rejane Sousa (4,82%), Átila Filho (4,05%), Júlio Arcoverde e Júlio César (3,28%), Marcos Aurélio (2,60%), Wilson Martins (2,31%), Delegado Samuel e Kleber Montezuma (2,22%).
Embate
Como os colunistas substitutos já reportaram, há uma disputa própria em Teresina que antecipa 2024. Trata-se do embate entre Bárbara do Firmino e Jeová Alencar,
Na pesquisa Credibilidade, a filha do ex-prefeito Firmino Filho aparece em primeiro, com 5,97% das intenções de voto. Alencar tem 4,91%.
Samanta
A jornalista bolsonarista Samanta Cavalca é a terceira na sondagem, com 3,66%, seguida por Georgiano Neto (3,28%), Marden Meneses e Teresa Brito (2,99%), Fabio Novo (2,60), Wilson Brandão (2,12%), Felipe Sampaio (2,02%).
Regina desaprovada
Soma 67,63% a desaprovação do teresinense ao governo de Regina Sousa, que na prática é extensão do mandato de Wellington Dias, conforme afere a pesquisa do Credibilidade.
Menos de um quarto dos eleitores (22,16%) aprova o governo da petista, enquanto 10,31% não sabem ou não opinam.
De mal a pior
Se Regina Sousa vai mal em Teresina, o presidente Bolsonaro desarreda. Segundo o Credibilidade, 60,79% dos teresinenses consideram a administração do presidente ruim ou péssima.
Os que consideram boa e ótima somam 25,82%.
Pisamos na bola
Os colunistas substitutos erraram e pedem desculpas: não era Carolina Silva, mas sim Suzana Silva, a filha do ex-governador Alberto Silva que comandou, das dependências do Palácio de Karnak, o Partido Democrata Cristão (PDC) no Piauí, entre 1987 e 1991.
Discrição
Carolina Silva, agora candidata a deputada federal, sempre foi uma pessoa low-profile. Discreta, não se envolveu, pelo menos não que se saiba, em política durante os mandatos do pau como governador.
Mas o marido dela, Paulo Cunha, comandou o Casa-Escola, uma falcatrua educacional um pouco menor que o Proaja de Wellington Dias.
Camisa verde
Alguma alma mais inteligente que esses pobres colunistas substitutos podem nos explicar por que diabos o candidato a vice do camisa branca Rafael Fonteles, o deputado estadual Themistocles Flho, só usa camisa verde e o verde?
Memória
Longe de nós estamos lembrando coisas do tipo, mas vestimenta verde em política no Brasil nos tempos atuais aduz ao ridículo empresário Luciano Hang. No passado, aos camisas verdes, do integralismo de Plínio Salgado. E nos dois casos, campos ideológicos abissalmente separados do aliado de Themistocles, o PT.
Fofoca
Como em eleição o povo além de inventar também aumenta, corre solta a fofoca segundo a qual o presidente da Assembleia Legislativa e candidato a vice-gvernador na chapa governista teria tido uma crise de irritação lá e andou quebrando objetos no gabinete dele.
Mentira
Isso evidentemente não pode ser verdade, porque para Themistocles Filho perder a calma só mesmo diante uma hecatombe política daquelas que levam carreiras para o limbo.
Não deve ser o caso dele, né não?
Ping-pong
A volta dos boêmios
Dois conhecidos boêmios de Teresina varam a madrugada numa farra no Pingo D’água, casa noturna que surgiu como alternativa para os acima dos 50 anos e que agora é freqüentada inclusive pela geração mais jovem. O boêmio mais velho, jeitão de malandro carioca, disputa a 'saideira', perto das 8 horas, com o boêmio mais jovem, barba meio grisalha, careca.
Boêmio mais velho: "Garçom, faz favor de trazer a saideira..."
O garçom (implorando): "Meus amigos, já são oito da manhã, eu tenho que voltar daqui a pouco..."
O boêmio mais novo: "Nós também..."
Originalmente publicado em 3 de maio de 2003.