Em abril, empréstimos caem 1,6% e crédito para pessoas físicas avança 4,3%

O Banco Central também informou que os juros cobrados nas operações de cartão de crédito rotativo aumentaram 2,2 pontos percentuais em abril, atingindo 423,5% ao ano

Por Dominic Ferreira,

 As concessões de empréstimos no Brasil registraram uma queda de 1,6% em abril de 2024, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira. Em contrapartida, o crédito para pessoas físicas apresentou um crescimento de 4,3% no mesmo período.

Foto: Reprodução/Freepik/OK

De acordo com o relatório "Estatísticas Monetárias e de Crédito", as concessões de crédito para pessoas físicas somaram R$ 278,6 bilhões em abril, marcando um aumento de 10,6% nos últimos 12 meses. O saldo total do crédito ampliado às famílias alcançou R$ 3,9 trilhões, representando 35,3% do Produto Interno Bruto (PIB), com incrementos de 0,8% no mês e de 10,8% em um ano.

O crescimento mais significativo foi observado no crédito não rotativo, que subiu 0,8% no mês e 9,2% em 12 meses. Já o crédito rotativo aumentou 0,8% no mês e 8,0% no mesmo período.

Por outro lado, as concessões de crédito para pessoas jurídicas recuaram 6,8% em abril em comparação a março, totalizando R$ 227,2 bilhões. Apesar da queda mensal, houve um crescimento de 4,5% nos últimos 12 meses.

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro chegou a R$ 16,7 trilhões em abril, o que corresponde a 150,7% do PIB, registrando um aumento de 0,9% no mês. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos saldos de títulos públicos de dívida (1,4%) e pelos empréstimos externos (2,2%). Na comparação anual, o crédito ampliado cresceu 10,4%, destacando-se as elevações dos títulos de dívida (13,0%) e da carteira de empréstimos do Setor Financeiro Nacional (SFN), que aumentou 8,4%.

O Banco Central também informou que os juros cobrados nas operações de cartão de crédito rotativo aumentaram 2,2 pontos percentuais em abril, atingindo 423,5% ao ano. Este é o maior nível desde dezembro de 2023, quando os juros eram de 442,1% ao ano. Esse aumento marca o segundo avanço consecutivo em 2024, já que em março os juros do rotativo estavam em 421,3% ao ano.

Mesmo com a regra em vigor desde janeiro, que limita os juros a 100% do total da dívida, os juros do rotativo continuam altos. Pela norma, os bancos não podem cobrar juros superiores a 100% do valor devido, o que significa que consumidores que pagam apenas parte da fatura do cartão de crédito não enfrentarão juros que ultrapassem o dobro do valor não quitado.

O rotativo é uma forma de empréstimo de curto prazo oferecido pelos bancos quando o cliente não paga integralmente o valor da fatura do cartão de crédito, deixando um saldo a ser pago no mês seguinte.



 

Fonte: CNN Brasil

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