Brasil é a 6ª maior economia em crescimento global no G20 em 2024

Com crescimento de 2,5% nos últimos 12 meses, Brasil supera várias economias avançadas e emergentes.

Por Carlos Sousa,

O Brasil alcançou a marca de 2,5% de crescimento econômico entre junho de 2023 e junho de 2024, consolidando-se como a sexta economia que mais cresceu entre os países do G20. Esse resultado coloca o país atrás apenas de Índia, Indonésia, China, Rússia e Estados Unidos, e empatado com a Turquia. A informação foi divulgada com base em dados econômicos de 2024, mostrando um desempenho superior ao de economias como Coreia do Sul, Canadá, México, França, Itália e Reino Unido, além da zona do euro.

Foto: Reprodução/FreepikNova previsão orçamentária eleva expectativa de crescimento do PIB e destina mais recursos a investimentos.

Entre os membros do G20, a Alemanha apresentou crescimento nulo, enquanto a Arábia Saudita viu sua economia encolher. Países como África do Sul, Argentina, Austrália e Japão ainda não apresentaram dados econômicos referentes ao segundo trimestre de 2024, o que mantém parte do cenário econômico global em aberto.

O crescimento brasileiro, acima do esperado por economistas, também superou as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que estimava uma alta de 2,1% para o país. O PIB brasileiro teve um aumento significativo de 1,4% no segundo trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, superando a expectativa do mercado, que previa um crescimento de 0,9%.

A economia global, que tem mostrado sinais de recuperação após os desafios impostos pela pandemia de covid-19 e conflitos internacionais, também segue um padrão de estabilidade. Relatórios recentes de grandes instituições, como o FMI, Banco Mundial e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apontam que a recuperação tem sido puxada especialmente pelos Estados Unidos e pelos mercados emergentes, incluindo o Brasil.

Os Estados Unidos, a maior economia do mundo, cresceram a uma taxa anual de 2,8% no primeiro semestre de 2024, ritmo que supera os dois anos anteriores. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, indicou que está preparado para cortar os juros, o que pode acelerar ainda mais o crescimento americano.

No entanto, especialistas alertam que, embora a economia global esteja em recuperação, a trajetória de crescimento não tem sido igual em todas as regiões. Economias avançadas, especialmente na Europa, apresentam resultados mais modestos, enquanto o crescimento nos emergentes, como o Brasil, continua forte.

O Banco Mundial ressaltou que, apesar da estabilização, a recuperação global é desigual, com efeitos mais acentuados para as economias mais pobres, que ainda enfrentam grandes desafios relacionados à dívida pública e questões climáticas.

Fonte: BBC News Brasil

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