Lula incentiva importação de alimentos para reduzir preços e conter inflação

Medida abrange carne, café, açúcar e milho; impacto fiscal ainda é incerto e preocupa o agronegócio

Por Dominic Ferreira,

O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou a isenção do imposto de importação para diversos produtos alimentícios, incluindo carne, café, açúcar e milho. A medida, apresentada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, tem como principal objetivo conter a inflação nos alimentos, um tema que tem gerado preocupação constante entre os brasileiros. Contudo, o impacto fiscal dessa decisão ainda não foi devidamente calculado, o que levanta questões sobre a viabilidade econômica da iniciativa.

Foto: Reprodução | Freepik | Imagem ilustrativaCarne, café, açúcar e milho têm imposto de importação zerado.
Carne, café, açúcar e milho têm imposto de importação zerado.

Além da isenção de impostos, o governo também planeja subsidiar insumos essenciais para a indústria alimentícia e fortalecer os estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Alckmin fez um apelo aos governadores para que zerem o ICMS sobre produtos da cesta básica, buscando uma abordagem coordenada para enfrentar a alta dos preços. Essa ação vem em meio a meses de discussão sobre como reduzir os custos dos alimentos, um desafio que se tornou ainda mais premente após a recente queda na popularidade do governo.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, reconheceu que o impacto fiscal das novas medidas ainda não foi calculado, mas afirmou que a redução na arrecadação não deve ser significativa. Ele expressou otimismo de que os consumidores percebam uma diminuição nos preços dos alimentos. No entanto, as decisões do governo podem aumentar a tensão já existente entre a administração e o setor do agronegócio, que pode ver essas ações como uma ameaça ao seu sustento.

Adicionalmente, o mercado pode interpretar essa iniciativa como uma solução populista, de viés heterodoxo, o que poderia ampliar a desconfiança sobre a saúde fiscal do Brasil sob a atual administração. À medida que o governo busca implementar essas medidas, a reação do setor produtivo e a resposta dos consumidores serão cruciais para determinar a eficácia e a aceitação das políticas adotadas. 

Fonte: CNN Brasil

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