O plano para manter Arimatéia Azevedo na prisão por mais um crime que não cometeu

Colunista do Portal AZ é alvo de novas denúncias falsas sobre extorsão

Por Redação do Portal AZ,

Preso há 11 dias, sem que houvesse provas ou mesmo indícios do cometimento do crime de que é acusado, o jornalista Arimatéia Azevedo é alvo de novas denúncias falsas sobre suposto crime de extorsão. Um poderoso empresário de Teresina estaria elaborando fatos inexistentes para manter Azevedo na prisão. O principal objetivo dele e de outros inimigos poderosos é que o jornalista seja incriminado por algo que não cometeu. 

Colunista do Portal AZ é alvo de novas denúncias falsas sobre extorsão (Foto: reprodução)

Em razão da dificuldade de se comprovar materialmente ou mesmo por testemunhos a prática de crime, por sua já sabida inexistência, eles tentam, agora, criminalizar tratativas comerciais do Instituto de Pesquisa Data AZ. O instituto foi procurado pelo empresário Jadyel Alencar para contratação de pesquisa de mercado. Diálogos sobre custos e prazos para o trabalho agora poderão usados com o fito de incutir em seu meio uma prática de extorsão. É a fabricação de uma “prova” a mais sobre um crime inexistente.

É de conhecimento da imprensa e do público em geral que o mesmo empresário que fez tratativas comerciais para a pesquisa foi investigado pela polícia, em razão de práticas de corrupção em transações com a administração pública. E essas investigações foram noticiadas pelo Portal AZ que sofreu, em razão disso, ataques de hackers que tiraram todo o conteúdo do ar por dias.

Na época, o jornalista Arimatéia Azevedo fez um Boletim de Ocorrência contra Jadyel Silva Alencar, posto que hackers derrubaram o Portal AZ em função de matéria envolvendo o empresário em processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Arimatéia Azevedo registrou queixa no 12º DP, dizendo que Jadyel tentava de toda forma assedia-lo, dele se aproximar, que o procurou para, através do Instituto Data AZ, fazer uma pesquisa qualitativa avaliando a marca Jupi, que ele acabara de adquirir.

Tudo isso está comprovado em conversas pelo Whatsapp, em diálogos mantidos entre os dois, incluindo o fato de que o Jadyel nunca quis fazer a pesquisa de mercado, apesar de ter pago antecipadamente por sua realização.

Essas evidências estão em fac-similes (prints) de conversas que Arimatéia Azevedo teve com o empresário, inclusive cobrando dele uma decisão para a autorização sobre o início da pesquisa, posto que toda a fase introdutória do estudo foi feita, com definição de amostras realizada pelo pesquisador Iônio Silva, documentos estes que foram encaminhados para Jadyel e o seu gerente para que analisassem e dessem seguimento ao serviço contratado.

Com a tentativa de transformar uma ação comercial em mais uma imputação criminosa ao jornalista, segue-se uma trilha de um inquérito policial no qual não se conseguiu estabelecer ligações de Arimateia à suposta vítima.

O colunista do Portal AZ segue privado da liberdade – o que tira dele a condição de exercer também sua atividade profissional, ou seja, a prisão também o pune financeiramente. 

Arimatéia Azevedo completa 50 anos de jornalismo

No último sábado (16), Azevedo completou 50 anos de jornalismo. Sozinho e preso sob falsa alegação de crime.

Na sua profissão escreveu reportagens que repercutiram sempre na defesa do social e dos direitos humanos. Empenhou-se em reportagens polêmicas como as do crime da doméstica, do carteiro Elzano e do atentado à casa do reitor.  Foi o primeiro a divulgar e combater o crime organizado, sofrendo atentados e correndo risco de morte. 

Atuação do jornalista Arimatéia Azevedo contra o crime organizado é destaque no Diário do Povo em 2001

Com 50 anos enfrentando poderosos e defendendo muitos indefesos, Azevedo é acusado por muitos de exercer um jornalismo irresponsável ou imprudente. Isso porque talvez muitos não saibam: a sua maior responsabilidade é para com aqueles que não podem se defender. Isso ele leva muito a sério. Como, por exemplo, foi a sua luta para defender a jovem Fernanda Lages, estudante de Direito encontrada morta em 25 de agosto de 2011, no prédio do Ministério Público Federal, na zona Leste de Teresina.

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