Escândalos em série

Escândalos em série

O governo de Wellington Dias, quatro vezes eleito governador do Piauí, conseguiu a proeza de colocar a educação pública estadual nas páginas policiais, Em vez de produzir notícias boas em razão de uma abordagem técnica de uma área fundamental para o futuro do estado e, sobretudo, dos piauienses mais jovens, a Secretaria da Educação do Piauí destaca-se por reiteradas ações policiais, que não pouparam nem mesmo a esposa de Wellington Dias, a deputado federal Rejane Dias, que se instalou no cargo de secretária da Educação e foi ela também uma das integrantes da lista de investigados a sentar na cadeira de titular da pasta. Desde que Wellington Dias assumiu o governo em 2003, todos os que ele nomeou secretário da Educação, a esposa inclusa, frequentaram um ou mais inquéritos policiais em razão de malfeitorias e irregularidades cometidas no exercício do cargo. A situação chegou a um nível tal de escândalo que viaturas da Polícia Federal foram ao Palácio de Karnak e à casa de Wellington Dias, então governador, em 2019, com mandados de busca e apreensão na Operação Topique, que investigar o desvio de mais de R$ 120 milhões na Seduc quando era a titular da pasta a agora candidata à reeleição para a Câmara dos Deputados, a senhora Rejane Dias, esposa do ex-governador. Ontem, no que parece estar se tornando uma rotina, de novo a Seduc foi alvo de operação da PF, desta feita em razão de se estar investigando um desvio de R$ 214 milhões num Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos que insulta a inteligência, o bom senso e a boa técnica pedagógica para uma prática tão nobre que é dar a luz do saber a quem dela foi privado na infância. A operação, o volume milionário e o cinismo das desculpas oficiais mostram que o ex-governador que agora quer se senador está pouco preocupado com alfabetizar quem quer que seja, Ele só pensa em voto e, pelo volume de problemas que tem com a Polícia, em foro privilegiado.

 Segundo Cláudio Humberto, do Diário do Poder, disse em seu blog que o jornalista Arimateia Azevedo, titular dessa coluna, parece ter sido condenado à morte e não à prisão(Foto:Portal AZ)

Preocupações anteriores 

Sílvio Mendes apanhou mais do que Judas em sábado anteontem e ontem após uma infeliz frase que despertou justa indignação dos que se colocam contra o racismo. No Twitter, rede social onde veneno e ódio se desfilam, tuiteiros ligados ao PT e adjacências transbordaram de indignação.

Preocupação nenhuma

Ontem, quando a Polícia Federal colocava na rua uma operação para apurar desvios de empresas contratadas pela Secretaria da Educação para o famigerado Programa de Alfabetização, nenhum dos tuiteiros que na véspera e antevéspera enxergaram ignomínia na fala de Silvio Mendes parece ter se dado conta da gravidade de se desviar dinheiro usado para alfabetizar gente pobre.

Preocupações portenhas

A ausência de preocupação com a roubalheira de R$ 214 milhões no Proaja no Piauí se preenchia com manifestações indignadas sobre a fracassada tentativa de um maluco para matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que guarda com Wellington Dias, ex-governador do Piauí duas semelhanças: o esquerdismo populista e os imbróglios por mau uso de dinheiro público.

Terreno

Arla Natura Ltda. é o nome de uma empresa criada em março deste ano e que ontem ganhou da Prefeitura de Teresina um benefício fiscal, na forma de imóvel, com área de 10 mil metros quadrados, na Quadra “H”, dos lotes 12 a 15 no Polo Empresarial Sul.

O que?

Segundo a definição que a empresa oferece de si mesma na Classificação Nacional de Atividades Empresariais (CNAE), a Arla Naturas dedica-se à fabricação de produtos químicos não especificados anteriormente e ainda à fabricação de lubrificantes sintéticos não derivados do petróleo.

Fux cidadão

A Assembleia Legislativa aprovou título de cidadão honorário do Piauí para o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.
Fux recebeu a homenagem num pacote em que foram agraciadas outras dez pessoas, entre as quais a jornalista Sayuri Sato, da TV Antena 10.

Crime eleitoral

Fogo no parquinho do MDB: Henrique Pires, deputado estadual, diz que seu correligionário Gutemberg Rocha, da região de Picos, cometeu crime eleitoral após receber R$ 350 mil do fundo eleitoral da legenda e bandear-se para o lado de Silvio Mendes.
Talvez Pires deva se referir menos a crime e mais a infidelidade partidária, que é algo mais punível no Brasil que crime eleitoral.

Ele não faz não!

Mas falar em infidelidade partidária no MDB é como mencionar corda em casa de enforcado, porque Gutemberg, instado a devolver a grana, mandou a real: “Rapaz, então o Henrique Pires, o Castro Neto e todos os emedebistas devem devolver o dinheiro que receberam do partido, porque estão pedindo voto para o Lula e não para a candidata do partido, Simone Tebet”.

Sentença de morte 1

Claudio Humberto, um dos mais influentes jornalistas políticos do Brasil, botou o dedo na ferida em seu blog Diário do Poder.
Ele disse que Arimateia Azevedo parece ter sido condenado à morte e não à prisão, no Piauí. 

Sentença de morte 2

O jornalista tem em seu favor perícia judicial que atestou doenças coronariana e vascular, hipertensão, diabetes, aneurisma etc. Apesar disso, negaram-lhe prisão domiciliar.
O que devem querer mesmo é que Azevedo morra, pois parece que não basta prender, é preciso condições sub-humanas, na letra da lei, para que a pessoa judicialmente assediada pereça.

Ping-pong 

Sabedoria versus esperteza

Quem conta é Sebastião Nery: “Ulisses Guimarães, o filósofo da oposição (traçando a estratégia da escalada do MDB em 1974, 76 e 78): “No alto do morro estavam dois touros. O touro velho e o touro novo. Viram lá embaixo o pasto cheio de vacas.

O touro novo ficou aflito: “Vamos descer depressa e pegar umas dez”.

O touro velho balançou a cabeça:     “Nada disso. Vamos descer devagar e pegar todas.”

E Ulysses, completava “Deus manda lutar, não manda vencer”.

Expressas

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão na SEDUC para investigar contratos firmados sem a exigência de licitação com empresas prestadoras de serviços educacionais no Proaja. 

A ministra Maria Clara Bucchianeri, do TSE, decidiu, restringir o tempo de aparição da primeira-dama Michelle Bolsonaro na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.

O presidente Bolsonaro lamentou o atentado contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner e pediu a apuração do caso e lembrou a facada sofrida por ele em 2018.

*Esta coluna é de responsabilidade dos colaboradores do Portal AZ

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