Simone Pereira pretende rever a situação financeira da PMT e criar políticas públicas para mulheres

Candidata afirma que vai trabalhar no sentido de promover a inclusão

Por Vitória Pilar, 27/10/2020 17:25 - Atualizado às 17:39

Dando sequência às entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Teresina, o Portal AZ recebeu Simone Pereira, filiada ao Partido Social Democrático (PSD).

Simone Pereira pretende rever a situação financeira da PMT (Foto: Marcelo Gomes/Portal AZ)

Simone Pereira é assistente social e já trabalhou na secretaria estadual do empreendedorismo rural no Governo Estadual, secretaria da Defesa Civil e presidiu o Conselho dos Direitos da Mulher. Ela frisou que tem como intenção promover uma discussão sobre as necessidades da cidade de forma moderna e defende a presença da mulher dentro dos cargos políticos e gestão da cidade.

“Ouço as pessoas falando da cidade de uma forma muito superficial. Teresina nunca teve uma prefeita mulher e eu entendo que nós mulheres temos uma forma diferente de fazer gestão, de cuidar e organizar. Precisamos de uma mulher na condução, principalmente quando as mulheres são mais da metade do eleitorado dessa cidade e podemos fazer a mudança. A cidade precisa de uma gestão que olhe para cada homem e mulher dessa cidade e olhe com amor e com respeito”, pontuou.

Tendo como vice candidato Valter Reis das Motos, também filiado ao PSD, a chapa não apresentou coligação e terá 40 candidatos a vereadores nesta eleição. Ela destacou que pretende fazer uma gestão que atenda às necessidades emergenciais da cidade e dos teresinenses. “Nossa preocupação é com a estrutura da cidade. Teresina carece de questões emergenciais, como questões de drenagem nas galerias, rever o Inthegra e a mobilidade urbana. Mas principalmente, aquilo que o povo grita, com políticas de proteção social. Hoje vemos uma omissão no trato com as pessoas, em cuidar das pessoas, seja criança, idoso, deficientes e mulheres. É necessário ter cuidado com as pessoas”, frisou Simone.

Candidata afirma que vai trabalhar no sentido de promover a inclusão (Foto: Marcelo Gomes/Portal AZ)

Questionada sobre o seu projeto político para Teresina, Simone destacou que ainda nos primeiros dias de mandato, se eleita, irá administrar um gestão pós-pandemia e uma cidade com diversos problemas sociais e que pretende voltar políticas para a economia local.

“Administrar uma cidade pós pandemia é administrar o caos. Perdemos fábricas que geravam emprego e renda na cidade. Ou seja, os investimentos estão saindo e precisa ser revisto e fazer algo a respeito dos comerciantes nas periferias da cidade, pois eles geram renda”, afirmou.

A respeito do seu projeto político para Teresina, a candidata afirmou que vai trabalhar no sentido de promover a inclusão na cidade. “Teresina tem problemas graves e que os candidatos não discutem, principalmente sobre saúde mental direcionada às crianças. O que vemos de formas comum são crianças com depressão e não discussão sobre isso. Aqui se eleva tanto a questão da educação, mas não há levantamento à essas questões. Precisamos mudar esse discurso e fazer coisas reais”, destacou.

Propostas

Em relação às suas propostas políticas, Simone pontuou que tem como uma das suas prioridades rever a situação financeira da prefeitura e citou que sua gestão será transparente quanto aos gastos públicos. Ela destacou que vai trabalhar para renovar o Inthegra. “A situação do Inthegra é urgente, não prejudica apenas a mobilidade urbana, mas afeta a economia, quando prejudica o comércio das grandes avenidas e de forma severa, basta conversar com os comerciantes. Muito dinheiro público foi aplicado nisso e não foi atendido a necessidade do usuário público”, detalhou.

Simone Pereira também destacou que vê como uma necessidade primordial da cidade a criação de políticas públicas voltadas para as mulheres teresinenses. “Vamos criar um Samvis municipal para as mulheres violentadas, onde elas poderão ter atendimento qualificado para evitar doenças e gravidez indesejada. Além disso, fazer com que ela realize o boletim de ocorrência e o exame de corpo de delito, para que ela tenha o atendimento psicossocial. Vamos trabalhar o empoderamento, pois há muitas mulheres subjugadas porque não há formas de se prover financeiramente. Precisamos dar oportunidades e programas voltados para essas mulheres”, relatou.

“É uma gestão cansada”, diz a candidata sobre a atual administração da PMT

Com relação ao atual plano político de Teresina, assim como os outros candidatos, Simone Pereira também pontuou que a duração do PSDB no poder é um processo que não visa mudança na cidade. Ela também destacou que para a democracia da cidade, a falta de alternância de poder é algo prejudicial para a política local.

“Eu não seria leviana e dizer que o PSDB não fez nada por Teresina, mas vejo que é uma gestão cansada, com quase 4 décadas no poder. Eles enxergam que apenas eles sabem administrar Teresina. A cidade clama por mudança e eles tem um modelo cansado. Teresina não pertence a nenhum grupo político. Se a gente assimilar a cidade a isso, é chamar a cidade de incapaz e não somos incapazes”, completou.

Sobre concorrentes

Questionada pelo Portal AZ a respeito dos concorrentes, Simone pontuou que os candidatos que aparecem nas primeiras colocações possuem certas limitações e pontos negativos para assumir a próxima gestão da cidade, entre eles Kleber Montezuma, Dr. Pessoa, Fábio Abreu e Fábio Novo.

“A atual gestão não deve ter essa oportunidade, que é o Kleber Montezuma, mas entendo que também devemos ter cuidado com os demais, como o Dr. Pessoa, por exemplo, admiro ele como pessoa e sua história, mas não percebo que ele está preparado para uma cidade como Teresina. Vejo ele com algumas limitações e penso que seu grupo vá de fato fazer a sua gestão. Com relação ao Fábio Abreu, não tenho nada contra a sua pessoa, mas essa discussão em torno da segurança pública, é muito limitada. Eu acho uma deslealdade gerar uma expectativa a respeito da prefeitura da segurança, sendo que a prefeitura não faz policiamento ostensivo. O Fábio Novo tem ações viltadas para a cultura, é preparado, mas com uma experiência de gestão muito limitada para gerir nossa cidade. Não tenho nada contra eles, mas o que se vê claramente nos debates é uma forma superficial de fazer política em Teresina”, explicou.

Mensagem final

“Não permitam que se instalem a cultura do medo. Não devemos ter medo da mudança. Teresina, não pertence a nenhum grupo político. Olhe para cada candidato e veja quem está por trás daqueles rostos e propostas. Quatro anos é o tempo de reverter. No dia 15 de novembro é você, a urna e sua consciência e que haja uma nova oportunidade de escrever a história da nossa cidade”.