MBL lança site para acompanhar entrega de cargos do governo ao Centrão

De acordo com a página, 16 cargos foram preenchidos por indicados do grupo

Por Poder 360,

O MBL (Movimento Brasil Livre) lançou nesta 5ª feira (4.jun.2020) o site “Centrômetro“. É uma página em que as pessoas poderão acompanhar a distribuição de cargos do governo Jair Bolsonaro para os partidos do chamado Centrão.

MBL lança site para acompanhar entrega de cargos do governo ao Centrão (Foto:SérgioLima)

De acordo com a página, 16 cargos foram preenchidos por indicados do grupo. Juntos, eles têm 1 orçamento estimado em R$ 71,3 bilhões e recebem salário de R$ 274 mil.

O “Centrômetro” também apresenta o orçamento e remuneração para cada 1 dos cargos.

DISTRIBUIÇÃO POR CARGOS

De acordo com o site, o PSD indicou 25% de todos os cargos já obtidos pelo grupo.

CARGOS E ÓRGÃOS
Eis a relação de funções assumidas por nomes do “Centrão” e os partidos que fizeram as indicações :

  • ITI (Instituto Nacional de Tecnologia e Informação): Diretor-presidente (PSD) e diretor de infraestrutura de Chaves Públicas (PSD);
  • FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação): Presidente (PP) e diretor de ações educacionais (PL);
  • Funasa (Fundação Nacional de Saúde): Presidente (PSD);
  • Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional): Chefe de gabinete (MDB);
  • Ancine (Agência Nacional do Cinema): Chefe do Escritório Sede de Brasília (PL);
  • ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres): Cargo comissionado técnico (PL);
  • Ministério do Desenvolvimento Regional: secretário nacional de mobilidade (PP). Na Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, o chefe (PSD) e o coordenador-geral de Gestão Integrada (PSL);
  • Eletrobras: Presidente (MDB);
  • Itaipu: 3 conselheiros (DEM, MDB e “Gabinete do Ódio”);
  • DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas ): diretor-geral (PP).

O QUE É O CENTRÃO

O nome “Centrão” se notabilizou em 1988, quando deputados e senadores se juntaram para aprovar medidas durante a vigência do Congresso constituinte. O grupo era formado por legendas sem forte conotação ideológica e dadas ao “fisiologismo” –outra expressão cunhada à época para se referir à exigência dos partidos por fazerem indicações para cargos na administração pública.

Atualmente, são considerados do grupo os partidos que não estão alinhados nem à oposição nem ao governo e que têm hoje protagonismo nas votações do Congresso, entre eles PP, PL e Solidariedade.

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