Repórteres Sem Fronteiras se manifesta sobre prisões dos jornalistas Arimateia Azevedo e Tony Trindade
Entidade com sede na França apelou por transparências nas investigações
A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras, com sede na França, vem acompanhando, com velada preocupação, a situação do jornalista Arimateia Azevedo, que se encontra em prisão domiciliar, desde que teve sua prisão preventiva decretada pela justiça do Piauí, em 12 de junho.
Em julho a RSF se manifestou preocupada com a decisão da 2ª Câmara Criminal de devolver Arimateia Azevedo para a penitenciária Irmão Guido. A organização internacional chamava a atenção para os problemas relacionados a pandemia da covid-19 diante da comorbidade do jornalista.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
Arimatéia Azevedo e Tony Trindade (Foto: divulgação)
Com a prisão preventiva do também jornalista Tony Trindade, decretada pela justiça federal, Repórteres Sem Fronteiras, através de sua representante no Brasil “ressalta que a decisão por prisão preventiva gera imenso constrangimento público e atropela o direito de defesa, podendo ser vista como um instrumento desproporcional, usado para intimidar os profissionais de comunicação no estado”, diz.
Por fim, em postagem no Twitter, Repórteres Sem Fronteiras apela por transparências nas investigações: “Pedimos às autoridades transparência na investigação e que seja assegurado ao jornalista o direito de se defender das acusações. A @RSF_pt lembra ainda que a proteção do sigilo da fonte é um direito garantido pela Constituição Federal.”
Instituto Vladimir Herzog também se preocupa
Em julho, o Instituto Vladimir Herzog também manifestou preocupação com o caso de Arimatéia Azevedo. "Entendemos a gravidade das acusações contra o jornalista, mas exigimos que sejam dadas a ele condições de se defender e que as investigações caminhem de maneira célere e isenta. Além disso, a censura prévia ao “Portal AZ” é absolutamente inaceitável e precisa ser revogada", disse.
"A Justiça do Piauí determinou censura prévia ao veículo de notícias que o jornalista dirige, o “Portal AZ”, e, desde então, o site não pode se referir ao caso, nem citar o nome das autoridades responsáveis por sua prisão e investigação. Como se não bastasse, o celular de Arimatéia foi apreendido e foi preciso um mandado de segurança para se evitar que fossem expostos dados e mídias alheios ao inquérito em que ele é investigado", acrescentou.
Clique aqui e veja a matéria na íntegra.
Matérias relacionadas:
Polícia Federal afirma que jornalista preso monitorou operação; ele nega as acusações
Jornalista Tony Trindade nega acusações de operação da PF; veja a nota
Polícia Federal deflagra operação Acesso Negado e prende jornalista em Teresina
Presidente do STJ concede prisão domiciliar ao jornalista Arimateia Azevedo
“Um ato de desumanidade”, diz jornalista Zózimo Tavares sobre prisão de Arimateia Azevedo
Caso Arimateia Azevedo: promotor repudia decisão da Justiça do Piauí
Advogado critica decisão do TJ-PI que manda jornalista Arimateia Azevedo para a cadeia
Portal de Brasília critica decisão do TJ-PI de mandar Arimateia Azevedo para prisão; veja